O eleitor curitibano terá oito opções para escolher o novo prefeito da capital paranaense
Nas eleições municipais de Curitiba, que ocorrerão no próximo dia 6 de outubro, o cenário político se apresenta com a metade do número de candidaturas que nas eleições municipais passadas na disputa pela vaga de prefeito da cidade. Com o período de convenções partidárias concluído e, após a desistência de última hora de Beto Richa (PSDB) e o desacordo entre Cristina Graeml com seu partido, o PMB, foram confirmadas apenas oito candidaturas, refletindo uma redução em relação ao pleito de 2020, quando houve 15 chapas concorrendo ao comando da capital paranaense.
As opções que do eleitorado curitibano têm são as seguintes:
Eduardo Pimentel (PSD) e Paulo Martins (PL): O atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel, busca a continuidade da gestão de Rafael Greca. Com o apoio robusto de uma ampla aliança de partidos, incluindo o PL, Podemos, Republicanos, Novo, MDB e Avante, Pimentel é um dos candidatos com maior respaldo institucional. Sua candidatura foi reforçada pela desistência de Beto Richa e pelo apoio do governador Ratinho Junior.
Luciano Ducci (PSB) e Goura (PDT): Ex-prefeito de Curitiba e atual deputado federal, Luciano Ducci tenta retornar ao cargo com o apoio do PSB e uma frente de esquerda que inclui PDT, PT, PCdoB e PV. Ducci será acompanhado por Goura, deputado estadual e ex-candidato a prefeito, formando uma chapa que busca resgatar a gestão de Ducci e fortalecer a proposta de uma administração progressista.
Roberto Requião (Mobiliza) e Marcelo Henrique (Mobiliza): O ex-governador Roberto Requião, conhecido por sua longa trajetória política e recente migração para o Mobiliza, é uma figura de destaque na corrida. Embora sua candidatura não tenha sido fortalecida com um nome de peso para vice e enfrente desafios como a falta de verba do fundo eleitoral, tempo de TV e apoio partidário, Requião é um nome muito conhecido e com grande popularidade, o que pode influenciar significativamente o eleitorado.
Maria Victoria Barros (PP) e Walter Petruzziello (PP): Maria Victoria, deputada estadual e filha da ex-governadora Cida Borghetti, tenta a prefeitura pela segunda vez. Ela contará com Walter Petruzziello como candidato a vice, buscando mobilizar o eleitorado com a experiência política e o respaldo familiar.
Ney Leprevost (União Brasil) e Rosangela Moro (União Brasil): Após uma pausa de oito anos, Ney Leprevost retorna à disputa pela prefeitura, apoiado pelo senador Sergio Moro e sua esposa, Rosangela Moro, candidata a vice. Leprevost mantém a candidatura apesar dos esforços para que se unisse a Pimentel, destacando-se pela associação com figuras conhecidas do cenário político nacional.
Luizão Goulart (Solidariedade) e Tiago Chico (Solidariedade): Ex-prefeito de Pinhais e atual presidente do Solidariedade no Paraná, Luizão Goulart busca aplicar sua experiência em Pinhais na administração da capital paranaense. Ele será acompanhado por Tiago Chico, empresário e engenheiro.
Andrea Caldas (PSOL) e Letícia Faria (PSOL): Com uma chapa completamente feminina, Andrea Caldas, professora da UFPR e ex-candidata a deputada federal, e Letícia Faria, enfermeira, representam o PSOL com uma proposta focada em temas progressistas e sociais.
Samuel de Mattos (PSTU) e Leonardo Guedes Martinez (PSTU): Samuel de Mattos, ex-candidato a vice-prefeito, busca agora o cargo principal com uma chapa do PSTU, focada em representar a classe trabalhadora e defender políticas de esquerda radical.
Com a disputa, que se iniciou oficialmente nesta sexta-feira, 16 de agosto, a cidade aguarda para ver como esses eventos, desistência, desacordo e escolha dos vices, impactarão o cenário eleitoral até o dia da eleição. As chapas acima, cada uma com propostas e apoios diversos, iniciam a corrida eleitoral tendo a missão de conquistar a preferência do eleitorado curitibano. As campanhas prometem ser dinâmicas e repletas de debates sobre as direções futuras para Curitiba.
A reviravolta envolvendo Cristina Graeml (PMB): O Partido da Mulher Brasileira (PMB) declarou nula a candidatura de Graeml, alegando que sua escolha não estava alinhada com as diretrizes ideológicas do partido. Em nota oficial, o PMB explicou que a Executiva Nacional decidiu não lançar uma candidatura própria após discordâncias internas e a destituição das comissões estaduais e municipais do partido. Cristina contestou a decisão, afirmando que sua candidatura foi aprovada democraticamente na convenção municipal do PMB e que ela está comprometida em representar os valores do partido, incluindo a promoção da participação feminina na política, mas como não houve acordo entre a candidata e a legenda ela fica impedida de concorrer.
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