sábado, 23 de agosto de 2025

Electrolux inaugura fábrica de R$ 700 milhões no Paraná

Electrolux inaugura fábrica de R$ 700 milhões em São José dos Pinhais com apoio do Estado

Por Ronald Stresser – Sulpost

Nova planta, apoiada pelo Paraná Competitivo, inicia operação com produção nacional de ventiladores e liquidificadores, ênfase em energia renovável, frota interna 100% elétrica e meta de zero envio de resíduos a aterros. Expectativa de 2 mil empregos e capacidade superior a 5 milhões de produtos/ano até 2027 - AEN/PR

Ontem foi dia de novas portas abertas e olhos voltados para o futuro, a Electrolux ergueu oficialmente em São José dos Pinhais o seu maior investimento na América Latina. A cerimônia de inauguração, nesta sexta-feira (22), reuniu trabalhadores, engenheiros, executivos e autoridades. No palco, uma ideia simples, mas poderosa, costurava discursos e apertos de mão: indústria forte, empregos e sustentabilidade podem caminhar juntos.

R$ 700 milhões, empregos e contrapartidas

A nova fábrica recebeu aproximadamente R$ 700 milhões em investimentos. O projeto contou com o suporte do programa Paraná Competitivo, do Governo do Estado, que ofereceu um regime especial de tributação para os eletrodomésticos produzidos localmente, em contrapartida ao aporte privado e à geração estimada de cerca de 2 mil empregos.

“A Electrolux poderia escolher qualquer país do mundo para construir esta fábrica e decidiu se instalar no Paraná, o que para nós é um orgulho muito grande. A geração de emprego é o maior programa social que nós podemos fazer, porque gera renda, movimenta a economia e promove desenvolvimento para uma região”, disse o governador Ratinho Junior.

Produção nacional e P&D reforçado

Entra em operação a primeira fase do projeto, com a nacionalização de ventiladores e liquidificadores que antes eram importados. Apenas em Pesquisa e Desenvolvimento dos novos produtos, a empresa aplicou mais de R$ 37 milhões, acelerando a curva tecnológica da operação no país.

Localização estratégica e mercado em expansão

“Este é o maior investimento feito pela Electrolux na América Latina. O Brasil é o maior mercado do mundo para a empresa. Por isso, escolhemos uma localização estratégica, próxima ao Porto de Paranaguá e a um importante parque de fornecedores, com acesso a mão de obra qualificada”, afirmou Leandro Jasiocha, CEO da Electrolux Group na América Latina.

A companhia projeta novas expansões nos próximos dois anos, com aumento de portfólio e capacidade instalada superior a 5 milhões de produtos/ano ao final do período.

Sustentabilidade como premissa

  • Meta corporativa de zerar emissões nas operações até 2033;
  • 100% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis;
  • Veículos internos (empilhadeiras e transpaleteiras) 100% elétricos;
  • Compromisso de não enviar resíduos para aterros sanitários;
  • Cozinha industrial para ~400 pessoas operando exclusivamente com equipamentos elétricos;
  • Revisão de processos com nova tecnologia de solda, alinhada à economia de baixo carbono;
  • 83% de economia de água potável em torneiras e descargas — mais de 2,6 milhões de litros/ano poupados;
  • Projeto arquitetônico priorizando iluminação natural e bem-estar no trabalho.

Impacto local: renda, cadeia produtiva e arrecadação

A chegada da fábrica movimenta toda a cadeia regional: fornecedores, serviços, transporte e qualificação profissional. Segundo a prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, em sete a oito anos a Electrolux tende a se tornar a segunda maior contribuinte municipal, repetindo o efeito positivo observado com a indústria automotiva.

“Além da geração de empregos, há um grande avanço na cadeia produtiva local como um todo (...).”

O vínculo territorial também se expressa na contratação: aproximadamente 90% dos profissionais da nova unidade residem em São José dos Pinhais e Fazenda Rio Grande.

Crédito das fotos: Roberto Dziura Jr./AEN

Ao final da solenidade, a imagem dos operários circulando entre novas linhas de produção diz muito sobre o que está por vir. Para milhares de famílias, o anúncio não é apenas macroeconomia: é a chance de transformar o contracheque em projeto de vida — com tecnologia limpa, qualificação e horizonte de futuro.

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