Governo anuncia pacote econômico com isenção de IR para rendas até R$ 5 mil e taxação de grandes fortunas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Diogo Zacarias/MF |
Na noite de ontem (27/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou um pacote econômico com medidas que prometem aliviar o bolso da classe média e reduzir desigualdades. Em pronunciamento em rede nacional, Haddad destacou a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais, um alívio para milhões de brasileiros. A iniciativa será financiada pela maior taxação sobre rendas acima de R$ 50 mil por mês, em uma tentativa de criar um sistema tributário mais equitativo.
"A proposta visa um Brasil mais justo, com menos impostos para quem ganha menos e mais recursos para movimentar a economia local", afirmou Haddad. Ele ressaltou que a medida não afetará o orçamento público, equilibrando o impacto com cortes de gastos e aumento na contribuição dos mais ricos.
Além da isenção, o pacote inclui a taxação de grandes fortunas, o combate a supersalários no setor público e ajustes no crescimento das despesas da União. A estimativa é economizar R$ 70 bilhões até o final de 2026. Haddad também lembrou que as mudanças fazem parte da segunda fase da reforma tributária, que já trouxe avanços na simplificação de impostos sobre consumo.
Reação
Enquanto o governo aposta no pacote para reduzir desigualdades, o anúncio gerou reações no mercado financeiro. O dólar disparou, encerrando o dia em R$ 5,91, e a Bolsa caiu 1,73%. Apesar do nervosismo inicial, analistas apontam que o impacto fiscal controlado pode trazer estabilidade no longo prazo.
Já para a população, a promessa de um sistema tributário mais justo renova esperanças. Maria Silva, autônoma e mãe de dois filhos, comentou: "Essa isenção faz toda a diferença. É dinheiro que vou usar para comprar material escolar e investir no meu negócio."
Os detalhes das medidas serão apresentados hoje, 28/11, em entrevista coletiva pela equipe econômica. O governo reforça que o objetivo é ajustar as contas públicas sem comprometer os avanços sociais.
Edição: Ronald Stresser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário