terça-feira, 1 de outubro de 2024

Até 600 bets serão banidas: jogadores devem sacar dinheiro

Brasil vai Banir até 600 sites de apostas irregulares: apostador deve resgatar valores

 
Ministro Haddad / Agência Brasil
 

Em uma ação que visa regulamentar o setor de apostas online, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que até 600 sites de apostas, conhecidos como "bets", poderão ser banidos do Brasil nos próximos dias. O bloqueio será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e afetará sites que não estiverem em conformidade com a nova legislação aprovada pelo Congresso Nacional.

Durante uma entrevista à rádio CBN, Haddad ressaltou a importância da medida, informando que "a primeira providência será banir do espaço brasileiro as bets não regulamentadas." Ele estimou que entre 500 a 600 sites de apostas estejam operando fora da lei e que, assim, terão seu acesso bloqueado. 

Diante dessa situação, o ministro fez um apelo aos apostadores: "Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Já estamos avisando todo mundo.” A recomendação é de que os usuários resgatem imediatamente quaisquer valores apostados para evitar perdas financeiras.

Além do bloqueio dos sites, o governo planeja implementar medidas para coibir o mau uso das apostas, como limitar as formas de pagamento e regulamentar a publicidade das empresas do setor. Haddad afirmou que haverá um monitoramento das apostas por CPF para identificar comportamentos problemáticos, como dependência do jogo ou lavagem de dinheiro.

"Vamos acompanhar CPF por CPF a evolução da aposta e do prêmio para evitar duas coisas: quem aposta muito e ganha pouco está com dependência psicológica do jogo, e quem aposta pouco e ganha muito, geralmente está lavando dinheiro", esclareceu.

O ministro também criticou a atual situação da publicidade das apostas, que considera "completamente fora de controle". Hoje (01/10), Haddad se reunirá com entidades do setor para discutir medidas de regulação semelhantes às aplicadas em áreas como tabaco e bebidas alcoólicas.

Enquanto isso, Haddad reiterou a importância de manter as despesas do governo dentro do arcabouço fiscal, pedindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que respeite essas diretrizes para garantir um futuro econômico estável e sustentável.

Ronald Stresser, com informações da Agência Brasil.

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