sexta-feira, 11 de abril de 2025

A tradição da cannabis legalizada nos Estados Unidos

Das raízes da tradição ao verde do futuro: a fazenda centenária que floresce com a cannabis em Nova York

 
 

Por trás da fumaça, há história, suor e muito amor pela terra. Conheça Torrwood Farm, o pedaço de chão que atravessou séculos até florescer no mercado da cannabis legalizada nos Estados Unidos.

 
 

Por sete gerações, a fazenda Torrwood, no interior do estado de Nova York, foi terra de gado, milho, rugas no rosto e histórias em volta da mesa. Hoje, ela também é lar de um dos cultivos de cannabis mais promissores do estado — e símbolo vivo de como a tradição pode caminhar lado a lado com a reinvenção.

Lucas Kerr, 44 anos, é o rosto desse novo capítulo. Nascido e criado entre os riachos e pedras da propriedade da família, ele ainda se lembra da infância assistindo caminhões-tanque enchendo garrafões com a água pura da nascente local — água que um dia foi o grande tesouro do lugar. Mas foi da terra que veio o novo ouro verde da fazenda.

“Eu fico imaginando o que meus antepassados pensariam disso tudo”, diz ele, com um sorriso que mistura reverência e audácia. Desde a legalização do uso recreativo da cannabis no estado, em 2021, Lucas apostou todas as fichas no futuro — e fez do cultivo da planta uma nova herança para a família.

A Torrwood Farm de hoje vende seus produtos para mais de 100 dispensários em Nova York, do Bronx a Albany. “As pessoas querem comprar local, querem saber de onde vem”, explica Lucas. E Torrwood vem de longe: fundada em 1846 por imigrantes escoceses, a fazenda já foi pousada para turistas da cidade, produtora de água mineral e hoje se desdobra entre cultivos sofisticados e um lar repleto de relíquias do passado.

Mais do que plantar, é cuidar da terra

Ao lado de Lucas está Paul Bernal, mestre cultivador vindo de Humboldt, na Califórnia — uma espécie de Meca da cannabis artesanal. Ele traz no bolso o conhecimento de práticas como a Agricultura Natural Coreana e o cuidado com o solo como um organismo vivo. “Você não está cultivando uma planta. Está cuidando da terra”, afirma ele, com a calma de quem conversa com as raízes.

E é justamente nesse equilíbrio entre natureza e técnica que o cultivo floresce. Torrwood produz ao ar livre, em estufas com luz solar estendida, e em um laboratório interno onde desenvolve genéticas exclusivas. É um trabalho diário, com jornadas que começam às três da manhã e só terminam ao pôr do sol. “Todo mundo quer plantar cannabis… até a hora de encarar o campo de verdade”, brinca Lucas.

A operação funciona sete dias por semana e produz até 9 mil cigarros e 10 mil gomas por dia. Tudo é testado rigorosamente para garantir segurança e qualidade. No início, houve erros e gargalhadas: “Era uma roleta-russa canábica”, lembra Shane Pearson, chef e testador de sabores da casa, sobre os primeiros lotes de comestíveis.

Entre antiguidades e buds

A casa principal da fazenda é quase um museu. David Kerr, pai de Lucas, é apaixonado por antiguidades e transformou o antigo lar em um espaço que parece suspenso no tempo: tapetes caucasianos com séculos de história, móveis resgatados de igrejas escocesas, lavabos vindos da Hollywood dos anos 1930. “Tem que se perguntar quem lavava o rosto ali”, diz ele, encantado.

David, hoje com 74 anos, nunca fumou maconha. “Sempre tive medo de ser pego… acho que agora já não importa mais”, brinca. Ainda assim, é ele quem olha com ternura para esse novo ciclo da fazenda, onde as conferências para budtenders (os sommeliers da cannabis) se misturam com festas de família no celeiro remontado peça por peça.

Negócio com alma

Na outra ponta, o desafio do negócio. O ano de 2023 foi duro. O mercado enfrentou a concorrência das lojas clandestinas, a lentidão das licenças e a confusão da regulamentação. Mas 2024 trouxe fôlego: mais dispensários, mais fiscalização, mais espaço para quem quer fazer certo.

Torrwood se destaca pelo foco artesanal e parcerias conscientes. Um de seus sócios é John Morrongiello, fundador da S.T.A. Exotics. Ele começou vendendo maconha aos 11 anos, passou por Rikers Island em 2018, e hoje é exemplo de como o mercado legal pode incluir quem sempre esteve à margem. “A legalização é o futuro — e eu incentivo todos do legado a fazerem essa transição”, diz ele.

Outro parceiro é a Weekenders Cannabis, que aposta em pequenos lotes de produção artesanal. Seu CEO, Kahlil Lozoraitis, compara o cultivo de sol ao suco de laranja fresco: tem alma, tem gosto de verdade.

Dois séculos de passado, olhos no futuro

No fim das contas, Torrwood é mais do que uma fazenda de maconha. É um símbolo. Um lugar onde a terra, mesmo cheia de pedras, ainda dá frutos. Onde o antigo e o novo se olham nos olhos, sem medo. Onde um jovem veterano de guerra pode voltar para casa, plantar algo novo e honrar cada geração que veio antes.

Lucas resume com simplicidade: “Estou feliz que meu avô e meu pai não venderam esse lugar. Agora podemos escrever uma nova história.” E ela já está brotando, folha por folha, na colina onde um dia só havia vacas e silêncio.

Ronald Stresser, com informações do New York Times.

Família perde a vida em trágico acidente de helicóptero

"Eles só queriam celebrar um aniversário": Tragédia no Hudson destrói uma família em passeio turístico por Nova York

Por Ronald Stresser
 
Os últimos momentos da família Escobar - New York Helicopter Tours LLC
 

Era para ser um dia de celebração. Um momento de encanto diante do horizonte de Manhattan, o voo panorâmico sobre a Estátua da Liberdade, os risos infantis embalados pela promessa de aventura. Mas o que começou como uma comemoração em família terminou em silêncio absoluto nas águas do rio Hudson.

Na tarde desta quinta-feira (10), por volta das 16h17 no horário de Brasília, um helicóptero modelo Bell 206 caiu nas águas do Hudson, entre Nova York e Nova Jersey. A bordo estavam Augustín Escobar, presidente da Siemens Mobility na Espanha, sua esposa Merce Camprubi Montal — executiva da Siemens Energy e neta de Agustí Montal Costa, ex-presidente do FC Barcelona —, os três filhos do casal, de 4, 5 e 11 anos, e o piloto da aeronave, um homem de 36 anos cuja identidade ainda não foi revelada. Ninguém sobreviveu.

A família havia chegado recentemente a Nova York, vinda de Barcelona. A viagem era um presente: um dos filhos fazia aniversário, e o passeio de helicóptero marcaria a primeira experiência da família na cidade. Horas antes do voo, uma fotografia publicada no site da empresa New York Helicopter Tours mostrava o grupo sorridente, posando em frente à aeronave. O clique agora é uma cápsula de uma felicidade interrompida.

Vídeos compartilhados nas redes sociais registram o momento angustiante da queda. A cauda do helicóptero já estava ausente quando a fuselagem, girando descontrolada, mergulhou de cabeça nas águas turvas próximo ao píer 40, na altura da West Houston Street. Testemunhas relataram ter ouvido um "estrondo" e viram destroços se espalhando. Um som seco, metálico — e depois, o nada.

Autoridades americanas investigam as causas do acidente. Até agora, não há confirmação oficial sobre falha mecânica, colisão com pássaros ou influência do clima. O que se sabe é que, apenas 16 minutos após a decolagem, o piloto teria enviado uma mensagem ao centro de controle informando que estavam ficando sem combustível. Pouco depois, tudo acabou.

Michael Roth, CEO da New York Helicopter Tours, se mostrou profundamente abalado. “Estou devastado. Sou pai, sou avô... ver crianças ali dentro é algo que me destrói”, disse. “Em 30 anos no setor, nunca vi algo assim. Aparentemente, as pás do rotor principal não estavam mais no helicóptero no momento da queda. É inacreditável.”

O ex-presidente Donald Trump também se manifestou sobre o acidente em sua rede social, classificando-o como “terrível” e expressando solidariedade às famílias das vítimas.

A Siemens, até o momento, não divulgou nota oficial sobre a perda de dois de seus executivos de alto escalão. Em seus perfis profissionais, Escobar era descrito como um líder inspirador, dedicado à modernização da infraestrutura ferroviária global. Merce, por sua vez, era apontada por colegas como uma estrategista brilhante, sensível e apaixonada pelo que fazia.

Mas ontem, nenhum título corporativo fez diferença. Naquele helicóptero, estavam apenas um pai, uma mãe e três crianças pequenas — todos unidos pela alegria simples de estarem juntos, vivendo um sonho em família. Um sonho que durou menos de vinte minutos.

Agora, entre destroços e investigações, fica a dor imensurável de uma ausência que se espalha em ondas, como aquelas do rio Hudson, onde a tragédia encontrou seu cenário final.

Eles só queriam celebrar um aniversário.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Aécio pode surprender como nome forte da terceira via

Aécio Neves e a reconstrução do centro: a busca por um Brasil menos polarizado em 2026

Por Ronald Stresser - redação Sulpost

 
Aécio ganha força quando o assunto é democracia -Wilson Dias/Agência Brasil Brasil
 

No corredor largo e ruidoso de Brasília, onde os extremos gritam mais alto, Aécio Neves (PSDB) caminha tentando reencontrar um caminho já muito trilhado e agora quase apagado: o do centro político. No alto de seus 65 anos de idade, deputado federal e ex-governador de Minas Gerais, Aécio carrega não só a experiência de quem já chegou muito  perto da Presidência da República, mas também o peso de um nome que por anos simbolizou o próprio PSDB — e, em certa medida, o centro político brasileiro.

Já foi dada a largada para mais um ciclo eleitoral. 2026 é ano de eleição presidencial e Aécio Neves volta ao debate com um discurso que soa quase anacrônico no atual cenário: ele fala em reconstrução, em diálogo, em equilíbrio. Em entrevista recente, afirmou que há um movimento do eleitorado rumo ao centro, “contrário aos extremismos”. E aposta nesse terreno como palco de um novo protagonismo tucano.  

O centro como resistência

“O que nós não vamos ser são incorporados por um partido, porque isso faria com que o PSDB desaparecesse. Essa fusão tem que permitir o nascimento de uma candidatura ao centro que rivalize com os extremos.” A frase, dita em entrevista ao programa Café com Política, revela não apenas a estratégia do PSDB para 2026, mas também o receio de dissolução, de apagamento, de irrelevância.

Aécio está longe de ser um novato no jogo político. Já foi senador, governador e presidenciável. Também enfrentou denúncias e turbulências que desgastaram sua imagem e abalaram a credibilidade do PSDB. Mesmo assim, segue em cena, defendendo a construção de uma frente de centro, negociando alianças com partidos como Podemos e Solidariedade, e abrindo espaço para possíveis diálogos com MDB, PSD e Republicanos.

Mas o que significa esse centro que Aécio propõe?

Democracia fora da trincheira

Para Aécio, o centro é mais que uma posição entre polos — é uma resposta à radicalização. “Não vamos ter em 2026, Deus queira que eu esteja certo, uma eleição tão polarizada como tivemos em 2018 e 2022, onde o meio foi simplesmente expelido”, afirmou. Ele critica o ambiente político atual, que segundo ele, serve apenas aos extremos, alimentados por discursos inflamados, cancelamentos e uma lógica binária que reduz o Brasil a dois lados.

O centro, então, aparece como uma trincheira desocupada — ou melhor, como uma ponte. Uma ponte entre o liberalismo econômico e a responsabilidade social. Uma ponte entre o passado democrático e um futuro ainda incerto. O certo é que de poucos ou nada adianta um pré candidato ou formador de opinião falar apenas para dentro. A teoria da comunicação manda que falemos para fora.

Num país onde o debate político muitas vezes se transforma em campo de batalha, Aécio tenta relembrar o que é possível construir quando se ouve mais do que se grita. Em suas palavras, “o PSDB vai continuar sendo essencial para apresentar ao Brasil uma alternativa de centro, liberal na economia, responsável do ponto de vista social, que dialogue com os extremos e permita que o Brasil saia dessa polarização tão violenta, tão rasa, que tantos prejuízos vêm trazendo.”

Aécio e 2026: uma peça ou o arquiteto do jogo?

Embora ainda evite confirmar uma candidatura em Minas Gerais, Aécio não descarta voltar ao front eleitoral. “Recebo manifestações diárias de lideranças políticas de Minas Gerais para que eu volte a disputar uma eleição”, diz, com a segurança de quem sabe que ainda tem espaço no tabuleiro.

Mas a grande aposta de Aécio parece ser menos pessoal e mais estratégica: quer ser o arquiteto de uma nova aliança, de um novo discurso. Se conseguirá ou não, ainda é incerto. O fato é que, ao falar em “reconstrução do centro”, Aécio também tenta reconstruir algo em si mesmo — e no próprio PSDB.

Entre o passado e o futuro

O nome Aécio Neves já esteve ligado ao auge e ao abismo. Para uns, ele representa o último respiro da política de conciliação. Para outros, um símbolo de um modelo que se esgotou. Seja como for, ele está de volta ao debate, buscando dar voz ao eleitorado que se sente sufocado entre os gritos de esquerda e direita.

Se conseguirá reerguer o centro, ainda não se sabe. Mas em tempos de ruído e polarização, apenas propor diálogo já é, de certa forma, um ato político relevante.

Em 2026, o Brasil pode não votar com saudade, mas talvez com sede de equilíbrio. E é nesse vazio — e nesse desejo — que Aécio aposta todas as suas fichas.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Mulhet é presa com maconha em Rolândia e caso lança luz sobre apreensões no Paraná

Tragédia silenciosa nas estradas: mulher é presa com maconha em mulher é presa com maconha em Rolândia e caso lança luz sobre recorde de apreensões no Paraná

 
Foto: BPRv / PR
 

Na manhã de segunda-feira (7), em uma operação de rotina da Polícia Rodoviária Estadual (PRE-PR), um ônibus que fazia a linha Foz do Iguaçu/PR - Brasília/DF foi abordado em frente ao Posto Rodoviário de Rolândia. Entre os passageiros, uma mulher de 40 anos trazia na bolsa dois quilos de maconha. O flagrante foi certeiro. Ela foi presa e levada à delegacia. A droga, encaminhada para os procedimentos cabíveis.

A ocorrência, por si só, não chama atenção apenas pela quantidade apreendida, mas pelo contexto humano que muitas vezes se esconde por trás desses episódios. Não há dados sobre quem é essa mulher ou por que ela carregava aquela droga. Mas é difícil não pensar no que a levou àquela situação. Desemprego? Pressão de terceiros? Promessa de dinheiro fácil? Um desespero silencioso que muitos enfrentam nas margens da sociedade.

Essa prisão é apenas uma entre milhares que revelam um problema profundo: o tráfico de drogas ainda segue como um dos maiores desafios para a segurança pública e para a dignidade humana no Brasil.

No Paraná, as estatísticas comprovam a dimensão do problema. Só em 2024, o estado registrou 444 toneladas de entorpecentes apreendidos – um número que o colocou como o segundo estado que mais retirou drogas de circulação no país. O dado representa um aumento de 11,6% em relação a 2023. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), sozinha, foi responsável por mais da metade desse total: 284 toneladas, sendo mais de 280 toneladas de maconha e 3,6 toneladas de cocaína.

Esses números, embora alarmantes, são também um reflexo do trabalho incansável das forças de segurança. Mas também levantam outra questão: quem são as pessoas por trás dessas apreensões? Quantas são como essa mulher em Rolândia — empurradas para a margem, sem oportunidades reais, atraídas por promessas que se desmancham assim que a sirene toca?

É fácil transformar estatísticas em manchetes. Mais difícil é olhar para essas prisões com humanidade e entender que por trás de cada quilo de droga há histórias atravessadas por pobreza, abandono e escolhas desesperadas.

A ação da PRE em Rolândia é eficiente, necessária e representa um acerto na repressão ao crime. Mas também reforça a urgência de políticas públicas que ofereçam alternativas reais, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade, muitas vezes usadas como “mulas” por organizações criminosas.

Por ora, essa mulher segue presa, e os dois quilos de maconha já não seguirão adiante em seu caminho. Mas o ciclo que a trouxe até ali – esse ainda precisa ser rompido. Não com algemas, mas com dignidade, acesso e escuta.

Ronald Stresser, da redação.

"Eu morri, e voltei": o homem que foi atingido por um raio e voltou do além para contar o que viu

Por trás da morte clínica, um relato que emociona, intriga e conforta. A história de Dannion Brinkley vai muito além de um acidente raro — é um convite à reflexão sobre o que nos espera do outro lado

Por Ronald Stresser *

 
Tendo recebido várias chances na vida, Brinkley está usando suas histórias para inspirar outras pessoas - Getty Images
 

“Eu estava morto. Os médicos disseram. E mesmo assim, aqui estou.”

A voz de Dannion Brinkley não vacila ao recordar o dia em que, literalmente, morreu. Foi em 1975, quando um raio o atingiu enquanto falava ao telefone em sua casa nos Estados Unidos. Um evento com chances de acontecer a menos de uma vez em um milhão. Um episódio que, segundo ele, mudou sua visão sobre a vida — e sobre a própria morte.

Brinkley, então um fuzileiro naval e empresário, teve seu corpo atravessado pela descarga elétrica. “Entrou do lado da minha cabeça, acima da orelha, desceu pela coluna”, lembra. “Me lançou no ar. Vi o teto. Depois, fui arremessado de volta ao chão. Uma bola de fogo atravessou o cômodo e me cegou. Eu estava queimando. Paralisado. Em chamas.”

A ambulância chegou rápido. Mas não o suficiente. No hospital, os médicos o declararam morto. Corpo imóvel, batimentos nulos, nenhuma atividade vital aparente. Foi levado ao necrotério.

Uma jornada fora do corpo

Brinkley conta que, durante os 28 minutos em que esteve “clinicamente morto”, sua consciência não cessou. Pelo contrário. “Senti meu espírito deixando o corpo. Vi uma luz. Revivi minha vida inteira em segundos. Cada ato, cada palavra dita, tudo voltou como um filme.”  

A experiência, segundo ele, não foi aterrorizante. Foi esclarecedora. “Não há julgamento. Há aprendizado.”

Dois anos foram necessários para que ele voltasse a andar. Mas a transformação mais profunda foi invisível. Depois desse evento, Dannion dedicou-se a compreender o que havia vivido. A morte, para ele, deixou de ser um fim — passou a ser uma passagem.

Uma segunda chance... e depois outra

Mais de uma década depois, Brinkley encarou novamente a morte, dessa vez durante uma cirurgia cardíaca. Novamente, ele afirma ter deixado o corpo. Novamente, encontrou o que chama de “instrutores angelicais”. Foi aí que, segundo ele, recebeu o que descreve como “dons espirituais” para ajudar outras pessoas no limiar entre a vida e a morte.

Seus relatos, naturalmente, dividiram opiniões. Há quem os veja com ceticismo, há quem encontre neles consolo. A ciência, por sua vez, começa a olhar com mais atenção para o fenômeno.

O Dr. Sam Parnia, professor associado da NYU Langone Health, é um dos que estudam as chamadas experiências de quase-morte. Em entrevista ao *The Post*, afirmou: “Encontramos sinais de atividade cerebral normal — e até consciente — por até uma hora após o início da reanimação. Essas vivências são reais, únicas e universais. Não são sonhos ou alucinações.”

A missão de quem voltou

Aos 74 anos, Brinkley transformou seu passado improvável em propósito. Hoje, ele dedica seu tempo a aconselhar veteranos de guerra e pacientes terminais. O objetivo é um só: ajudá-los a não temer a morte.

“Quando você entende que não morre, que é um ser espiritual, e que não vai para o inferno… isso muda tudo. Você vive melhor. Sem medo. Com mais amor.”

Dannion já escreveu livros, como Saved by the Light, nos quais compartilha suas vivências. Mas talvez a frase que melhor resuma sua jornada esteja em uma de suas entrevistas mais recentes:

“Ninguém morre. Isso nunca acontece. Não faz parte da natureza da realidade.

Em tempos em que a finitude assombra silenciosamente a todos, ouvir alguém dizer isso com tamanha convicção — e experiência — é, no mínimo, reconfortante.  

E quem sabe, também, um convite para viver com mais leveza. 

*Com informações de 8sNws e KLAS

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Europa sinaliza acordo de “tarifa zero” com os EUA

Europa sinaliza acordo de “tarifa zero” com os EUA para bens industriais: “Estamos prontos para um bom acordo”

Por Ronald Stresser*

 
Operadores trabalham no pregão da Bolsa de Nova York, em 07/04/25 - AFP
 

No cerne de um cenário global pressionado por uma severa tensão econômica, a União Europeia estendeu um ramo de oliveira aos Estados Unidos, propondo um ousado acordo de “tarifa zero” para bens industriais. A iniciativa surge como resposta direta à imposição de tarifas de 20% por parte do governo Donald Trump, anunciado semana passada, reacendendo as preocupações sobre uma nova escalada protecionista dos EUA.

“Oferecemos tarifas zero para bens industriais, como já fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira, ao lado do primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre. Em tom firme, mas conciliador, completou: “A Europa está sempre pronta para um bom acordo. Então, mantemos essa proposta sobre a mesa.”

Von der Leyen foi além: “Estamos prontos para negociar com os Estados Unidos. Mas também estamos preparados para responder com contramedidas e defender nossos interesses.”

A proposta europeia visa eliminar tarifas sobre setores como produtos químicos, farmacêuticos, borracha, plásticos, máquinas industriais e automóveis. O comissário de Comércio da UE, Maroš Šefčovič, da Eslováquia, confirmou que o objetivo é abrir caminho para um comércio mais fluido, especialmente diante do impacto das novas medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump.

Na semana passada, o ex-presidente norte-americano — e agora novamente figura central na política comercial dos EUA — surpreendeu o mundo com o anúncio de uma tarifa global base de 10%, apelidada por ele de “Dia da Libertação”. A medida, que entra em vigor oficialmente em 9 de abril, inclui também um aumento de 25% nas tarifas sobre carros fabricados fora dos EUA.

A reação nos mercados foi imediata. O índice pan-europeu STOXX Europe 600 despencou 6% logo na abertura desta segunda-feira, refletindo o nervosismo dos investidores. No entanto, os comentários de von der Leyen ajudaram a conter a sangria, encerrando o dia com uma perda menos drástica, de 2,9%.

A proposta da UE surge como tentativa de evitar um confronto comercial mais amplo, especialmente após as tarifas anteriores impostas por Trump sobre o aço e o alumínio — que continuam sem uma resposta definitiva por parte dos europeus.

Entre os que enxergam uma luz no fim do túnel está Elon Musk. Em tom otimista, o bilionário responsável pela Tesla e SpaceX — e agora à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) — declarou estar “esperançoso” quanto à possibilidade de um acordo. “Espero que os Estados Unidos e a Europa possam estabelecer uma parceria muito próxima”, disse. “Na prática, isso criaria uma zona de livre comércio entre a Europa e a América do Norte.”

Esse sonho já esteve mais próximo de virar realidade durante o segundo mandato de Barack Obama, quando as negociações do Acordo Transatlântico de Comércio e Investimento (TTIP) avançavam bem. Mas tudo ruiu em 2016, após o vazamento de documentos pelo Greenpeace, que gerou forte reação pública. Diferenças entre regulamentações alimentares dos dois lados do Atlântico também emperraram os diálogos.

As tratativas do TTIP foram oficialmente encerradas durante o primeiro mandato de Trump, em 2019. Agora, com os ventos mudando — e os mercados em alerta —, resta saber se Washington e Bruxelas conseguirão transformar a tensão em oportunidade e reabrir as portas para um novo pacto comercial.

O mundo assiste. E espera.

*Com informações do New York Post

Chegada do outono deixa Brasil em alerta contra queimadas

CHAMAS QUE NÃO SE APAGAM: O Brasil que ainda queima e a urgência de um basta

Por Ronald Stresser

 
Carl de Souza - AFP
 

No coração do Brasil, onde a natureza deveria pulsar com vida, o que se vê, cada vez com mais frequência, é fumaça, cinzas e devastação. De Roraima ao Pantanal, passando por rodovias de cidades como São Carlos, as queimadas criminosas se espalham como um rastro de pólvora, impulsionadas pela ganância e pela impunidade.

Na última quinta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a operação “Chama Clandestina” em Caracaraí (RR), a 140 quilômetros da capital Boa Vista. O alvo: fazendeiros suspeitos de provocar queimadas ilegais em áreas de vegetação nativa. A motivação? Econômica, ligada à atividade pecuária. Os responsáveis podem responder por crime ambiental — mas até quando vamos apenas investigar, e não punir exemplarmente?

As ações fazem parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (AMAS), do Ministério da Justiça, que vem usando sistemas aéreos de monitoramento. Apesar do avanço tecnológico, o cenário ainda é alarmante: o fogo segue servindo como ferramenta de expansão agropecuária, sob um discurso antigo de desenvolvimento que ignora os limites da sustentabilidade e da legalidade.

Pantanal em alerta — e em chamas

Se há um retrato claro da irresponsabilidade ambiental no Brasil, ele está no Pantanal. Um levantamento do Ministério Público de Mato Grosso do Sul revela que, nos últimos cinco anos, 33 fazendas foram responsáveis por quase 18% da área devastada por incêndios. Sozinhas, essas propriedades queimaram cerca de 1 milhão de hectares — uma área maior que o território do Distrito Federal.

Mesmo diante desses números gritantes, a responsabilização ainda é tímida. Em 2023, das 147 ignições registradas, apenas 75 foram vistoriadas e, dessas, apenas quatro resultaram em multas. Um número que escancara a fragilidade da fiscalização frente à magnitude do crime.

Luciano Furtado Loubet, diretor do Núcleo Ambiental do MPMS, afirma que o foco das autoridades está na prevenção, com orientações sobre manejo integrado do fogo. Mas diante de propriedades reincidentes, onde o fogo “começa sozinho” três vezes em cinco anos, até quando será possível tratar o problema apenas com diálogo?

Estradas tomadas pelo fogo, visibilidade engolida pela fumaça

Em São Carlos (SP), as queimadas às margens das rodovias SP-215 e SP-310 trouxeram mais que prejuízo ambiental: colocaram vidas em risco. A fumaça espessa comprometeu a visibilidade de motoristas, exigindo interdições e ações emergenciais do Corpo de Bombeiros. A origem? Queima irregular de entulho — prática ainda comum, ainda ignorada, ainda impune.

O contraste com o esforço do poder público é evidente. O Governo de São Paulo investiu R$ 260 milhões em equipamentos e operações contra incêndios em 2024 — um recorde. Só em aeronaves e combustível para combate aéreo foram mais de R$ 18 milhões. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também ampliou contratos de roçada e capina para conter o avanço do fogo. Mas o investimento perde força se a legislação não acompanhar com o mesmo rigor.

Tolerância zero: a única saída possível

O Brasil não pode mais tolerar o fogo que consome nossas florestas, nossa fauna, nossa segurança e nossa dignidade ambiental. A leniência com os crimes ambientais é um convite para novas tragédias. É hora de endurecer. De aplicar multas pesadas, como as que a nova legislação prevê — R$ 3 mil por hectare atingido, dobrando em casos graves. De responsabilizar quem lucra com a destruição. De entender que não se trata apenas de natureza, mas de vidas humanas em risco, de ecossistemas inteiros à beira do colapso.

O fogo não começa sozinho. E quando criminosamente aceso, precisa ser combatido com rigor, sem acordos ou omissões. O Brasil precisa queimar, sim — mas de indignação. E agir, com urgência, para apagar de vez essa página vergonhosa da nossa história ambiental. 

A floresta não fala, nós sim. É hora de gritar por justiça. Tolerância zero para crimes ambientais já!

domingo, 6 de abril de 2025

Papa faz aparição pública de surpresa

Um aceno que cura: a volta emocionada do Papa Francisco à Praça São Pedro

 
 

Era para ser “apenas” mais uma missa no Vaticano, uma celebração especial dentro do Jubileu dos Enfermos. Mas o que ninguém esperava era o que aconteceu ali, bem no fim, quando o inesperado rompeu o protocolo e trouxe lágrimas aos olhos de milhares de fiéis. O Papa Francisco, depois de 38 dias internado por causa de uma grave pneumonia, apareceu — de cadeira de rodas, com uma cânula no nariz, visivelmente fragilizado, mas com aquele mesmo olhar doce e firme que o mundo aprendeu a reconhecer.

Foi só um breve momento. Um aceno. Um sorriso tímido. Uma bênção rápida. Mas foi o suficiente para transformar a Praça São Pedro num mar de comoção. Quase 20 mil pessoas testemunharam esse reencontro. Muitos se ajoelharam. Outros choraram em silêncio. Alguns apenas fecharam os olhos, como quem agradece por uma presença que, por pouco, poderia ter se tornado ausência.

Francisco acompanhou a missa pela televisão, do quarto onde segue se recuperando. A celebração foi presidida pelo arcebispo Rino Fisichella, que leu a homilia preparada pelo próprio Papa — e ali estava tudo o que ele não conseguiu dizer com a voz, mas disse com o coração.

“Com vocês, irmãos e irmãs doentes, compartilho muito neste momento: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros, de precisar de apoio”, escreveu. Palavras que tocam porque são reais. Palavras que confortam porque vêm de quem também passou pela dor.

Francisco não escondeu sua vulnerabilidade — ao contrário, fez dela uma ponte. “Nem sempre é fácil, mas é uma escola onde aprendemos a amar e a nos deixar amar, sem exigir, sem recusar, sem lamentar. Agradecidos a Deus e aos irmãos pelo bem que recebemos.”

Durante a homilia, ele falou sobre algo que muitos esquecem: Deus não se afasta nos momentos difíceis. Pelo contrário. “Na doença, Deus não nos deixa sozinhos. E se nos entregamos a Ele, onde nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da Sua presença.”

E essa presença estava ali, viva, pulsando na fé dos peregrinos, nos gestos silenciosos dos cuidadores, no olhar cansado dos pacientes que participaram da celebração. Gente vinda de mais de 90 países: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, voluntários, cada um com sua história entrelaçada ao cuidado com a dor do outro.

Antes de aparecer na praça, Francisco participou do sacramento da reconciliação na Basílica de São Pedro e passou pela Porta Santa — um gesto simbólico de renovação, de recomeço. Ao fim da missa, uma última mensagem sua foi lida, com um agradecimento cheio de ternura: “Do fundo do coração, o Papa agradece as orações e deseja que esta peregrinação seja rica de frutos.”

E foi. Porque às vezes um gesto basta. Um olhar. Um aceno. Uma palavra escrita à mão. Um Papa que não esconde a dor, mas a transforma em partilha. Que não finge força, mas encontra nela o espaço para amar mais e melhor.

Hoje, quem estava na Praça São Pedro saiu de lá diferente. Com o coração mais leve, talvez. Com mais fé. Com mais humanidade.

E para quem acompanhou de longe, a mensagem também chegou: até na doença, há espaço para a esperança. Até no cansaço, pode nascer algo novo. Como disse o próprio Francisco, citando Isaías:

“Vou realizar algo de novo, que já está a aparecer: não o notais?”

Sim, Papa. Notamos.

Redação com informações do Vatican News



quinta-feira, 3 de abril de 2025

Política tarifária dos EUA abala mercados ao redor do mundo

Tarifação em massa adotada pelos EUA abala mercados e assusta empresários ao redor do mundo

Por RonaldStresser*

 
Donald Trump exibe ordem executiva ao anunciar um plano de tarifas sobre produtos importados na quarta-feira, enquanto  - Washington Post
 

A nova rodada de forte tarifação de importados imposta pelo governo Donald Trump está provocando uma verdadeira tsunami nos mercados financeiros ao redor do planeta e deixa empresários em alerta. As fortes taxações, que entraram em vigorar já nesta quinta-feira (03), estão reconfigurando totalmente cenário econômico mundial e despertam temores de uma recessão iminente. Por outro lado alguns operadores do mercado financeiro veem o cenário como uma reinicialização, uma oportunidade para investir em criptoativos.

O impacto imediato já foi sentido em Wall Street: desde a abertura do pregão o índice S&P 500 despencou mais de 3,7%, enquanto o Nasdaq caiu 4,8%. O Dow Jones desabou, com uma queda impressionante de 1.300 pontos, isso logo nas primeiras horas do dia. As principais bolsas da Ásia e da Europa também registraram quedas significativas, embora algumas tenham conseguido se recuperar antes do fechamento dos mercados.

Uma mudança radical na economia

Especialistas alertam que os custos para os consumidores e para empresas dos Estados Unidos poderão chegar a bilhões de dólares ainda neste ano. Para a economista-chefe da KPMG, Diane Swonk, a medida "aumentou dramaticamente os riscos de uma recessão" e pode levar os EUA a um cenário que combina inflação com recessão, um estouro de bolha que os mercados não veem há décadas. No entanto outros veem a previsão como demasiadamente pessimista.

Na última quarta-feira, Donald Trump anunciou que os Estados Unidos vão tarifar em 10% todas as importações. A medida entou vigor já no sábado passado. Concomitantemente vão ocorrer aumentos progressivos, que poderão chegar a até 50% sobre produtos de alguns países, já a partir do próximo dia 9. Também foi anunciada uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados pelo mercado dos EUA, que entrou em vigor na madrugada de hoje.

Reação global

Os governos ao redor do mundo estão avaliando quais medidas adotar. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por exemplo, pediu "cabeças frias" e diplomacia, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as tarifas como "um golpe significativo"e prevê uma "guerra comercial" em curso.

A China, principal alvo de boa parte das medidas do presidente Norte-americano, foi atingida com uma tarifa extra de 34%, somando-se aos 20% já aplicados anteriormente. Pequim prometeu retaliação, mas ainda não determinou exatamente como. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, cujo país foi menos afetado,  com uma tarifa de apenas 10%, declarou: "Isto não é um ato de amizade".

Impacto nas empresas

Para muitos empresários e investidores, a mudança abrupta pode ser um golpe devastador. Anjali Bhargava, proprietária de uma pequena empresa que vende misturas de chá e cúrcuma, para grandes redes como Whole Foods, calculou os impactos na noite de quarta-feira. O custo do chá da Índia deve subir 26%, o da cúrcuma da Tailândia, 36%, e o do gengibre e canela do Vietnã, 46%. "Estou sinceramente chocada. Não sei se consigo manter meu negócio em pé", lamentou a empresária.

Por outro lado, algumas indústrias estão comemorando a decisão da administração Trump. O Instituto Americano do Petróleo agradeceu a exclusão do setor de petróleo e gás das novas tarifações, enquanto o Instituto Americano do Aço celebra a medida como um reforço à indústria nacional.

Uma estratégia arriscada

Trump defende que as tarifas vão estimular a produção doméstica e gerar empregos nos EUA. "Se queremos fazer dos Estados Unidos um polo de manufatura de alta tecnologia, precisamos trabalhar lado a lado com tarifas", disse Joseph LaVorgna, economista-chefe da SMBC Nikko Securities e ex-assessor econômico da Casa Branca.

Os próximos dias serão determinantes para a avaliação do impacto real do tarifaço estadunidense sobre a economia global. O que parece certo é que as tensões comerciais entre os EUA e seus aliados atingiu um patamar inédito, que tem o potencial de redefinir a balança econômica mundial nos próximos anos.

Com informações do W.P.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Chik Jeitoso prevê Ratinho Junior como próximo presidente do Brasil

Bruxo Chik Jeitoso prevê: Ratinho Júnior será o próximo presidente do Brasil

 
Ratinho Jr. de olho na Presidência da República Anna Carolina Negri/Valor
 

Em uma previsão surpreendente, o famoso vidente brasileiro Bruxo Chik Jeitoso afirmou que o governador do Paraná, Ratinho Júnior, será o próximo presidente do Brasil. Segundo suas visões, a liderança do governador será impulsionada por sua esposa, Luciana Saito Massa, que desempenhará um papel fundamental no cenário político nacional como primeira-dama.

O papel determinante de Luciana Saito Massa

Para Chik Jeitoso, não se pode falar de um futuro presidente sem antes analisar sua esposa. Ele enfatiza que Luciana é uma mulher preparada para representar o Brasil no exterior, com uma forte gestão pública e um perfil agregador. Sua habilidade de dialogar com diferentes setores da sociedade e sua postura firme e carismática fazem dela uma figura essencial para a vitória do marido.

"Sua energia espiritual é inegável e sua influência entre as mulheres é crescente. Ela não só empodera, mas também resgata a autoestima daquelas que muitas vezes se sentem invisibilizadas na sociedade", destaca o vidente. Com uma aprovação pública altíssima, Luciana tem se mostrado um diferencial na corrida presidencial de Ratinho Júnior.

Ratinho Júnior: uma liderança que ganha espaço

Atualmente governador do Paraná, Ratinho Júnior tem consolidado seu nome na política nacional com uma gestão marcada por investimentos em infraestrutura, educação e segurança. Com a impossibilidade de concorrer a um terceiro mandato estadual, ele busca um novo caminho, e a presidência da República se desenha como uma possibilidade real.

O vidente destaca que Ratinho Júnior está alinhado com as expectativas da população, que busca novas lideranças para romper com o dualismo político estabelecido nos últimos anos. Sua aproximação com figuras influentes da direita e sua gestão equilibrada o colocam como uma alternativa viável para 2026.

A numerologia e os sinais espirituais

Segundo Bruxo Chik Jeitoso, a previsão se baseia não apenas em análises políticas, mas também em estudos numerológicos e cabalísticos. Ele afirma que os signos e as energias espirituais indicam que Luciana Saito Massa tem uma missão especial e que sua presença ao lado de Ratinho Júnior trará uma onda de transformação positiva para o país.

"Ela não apenas representa uma figura pública forte, mas também é um canal de mudança. Sua capacidade de unir diferentes setores da sociedade e sua sensibilidade para temas femininos serão decisivos para a ascensão de Ratinho Júnior ao Palácio do Planalto", afirma.

O impacto da previsão e o futuro político

A previsão do vidente ganha ainda mais relevância em um cenário político instável, onde novos nomes surgem como opções para a presidência. Com uma gestão aprovada por grande parte da população paranaense, Ratinho Júnior vem ampliando sua influência nacionalmente e pode surpreender nas próximas eleições.

Se as previsões de Chik Jeitoso se concretizarem, o Brasil poderá ter um presidente vindo do Paraná, ao lado de uma primeira-dama que promete revolucionar o papel da mulher na política nacional. Resta agora aguardar os desdobramentos e ver se as estrelas realmente alinharão o destino do país com a visão do famoso vidente.

Ronald Stresser, de Curitiba.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Rei Charles da Inglaterra é internado para tratar câncer

Rei Charles enfrenta internação temporária devido a tratamento contra o câncer

 
 

Na manhã desta quinta-feira, o Rei Charles, de 76 anos, foi hospitalizado brevemente após apresentar efeitos colaterais temporários decorrentes do tratamento contra o câncer, segundo informações do Palácio de Buckingham. Apesar do susto, o monarca já está em casa, na residência oficial de Clarence House, onde se recupera bem.

De acordo com o porta-voz do palácio, o Rei necessitou de observação médica após procedimentos médicos programados, mas o quadro foi considerado passageiro. “Sua Majestade já retornou a Clarence House e, como medida de precaução, os compromissos agendados para esta sexta-feira também serão reprogramados, seguindo orientação médica”, afirmou o comunicado oficial.

Embora a hospitalização tenha preocupado a população, fontes ligadas à família real confirmaram que o Rei foi transportado ao hospital de carro, sem necessidade de uma ambulância, e não foi acompanhado pela Rainha Camilla, reforçando a ideia de que não se tratava de uma emergência grave.

Uma batalha discreta e de superação

O Rei Charles vem enfrentando um tratamento contra o câncer desde fevereiro do ano passado, quando revelou o diagnóstico publicamente. Na ocasião, ele também se afastou das atividades oficiais por alguns meses para se dedicar à saúde. Em dezembro, a família real compartilhou uma atualização positiva, informando que a doença estava em fase controlada. O monarca também passou por uma cirurgia de próstata aumentada no ano passado, o que demonstrou a complexidade de seus desafios médicos recentes.

Apesar das adversidades, Charles tem demonstrado resiliência. Recentemente, durante uma visita à Irlanda do Norte, ele compartilhou palavras de incentivo a outros pacientes em tratamento contra o câncer: “Continue lutando. Você precisa seguir em frente, não é mesmo?”, disse ele, evocando o espírito de Winston Churchill.

A família real e os desafios da saúde

A luta contra o câncer não é uma questão isolada na família real. No ano passado, a Princesa de Gales, Kate Middleton, também revelou ter enfrentado um diagnóstico de câncer, embora não tenha divulgado detalhes sobre a doença. Após meses afastada, ela anunciou em setembro que estava curada, após um tratamento bem-sucedido.

Essas experiências mostram que, mesmo para a realeza, a saúde é uma prioridade que exige foco e adaptações. A força demonstrada pelo Rei Charles e por Kate Middleton serve de inspiração para milhões de pessoas que enfrentam desafios semelhantes.

Próximos passos

Enquanto descansa em Clarence House, Charles continua a receber relatórios diários sobre assuntos do Estado, sinalizando que seu compromisso com o papel de chefe de Estado permanece firme, mesmo em tempos de fragilidade.

Os médicos que acompanham o caso reforçaram que o Rei deve manter sua agenda adaptada nas próximas semanas, priorizando a recuperação plena. A população britânica, conhecida por seu carinho pela monarquia, segue torcendo pela saúde do soberano.

Essa história, que ainda está se desenrolando, reflete a humanidade por trás das figuras públicas, lembrando a todos que, mesmo em posições de poder, a vida impõe desafios comuns a todos.

domingo, 23 de março de 2025

A cada dia que passa, para Bolsonaro, a única saída parece ser o aeroporto

Bolsonaro e Eduardo: um plano de fuga ou uma novela com toques de realidade paralela?

Por Ronald Stresser


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - Beto Barata/PL

Na trama política brasileira, um novo capítulo parece estar sendo escrito sob o título: "Exílio nos EUA: made in USA". A narrativa, digna de uma série de streaming, coloca o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo em uma suposta estratégia de fuga, envolvendo discursos inflamados, transferências financeiras milionárias e até um "herói improvável" – Donald Trump. Mas será que o público está assistindo a uma saga política ou uma ficção científica?

Enquanto Eduardo Bolsonaro desfila nos Estados Unidos anunciando que só pisa em solo brasileiro após Alexandre de Moraes deixar o STF, os ministros da Suprema Corte analisam os fatos com uma dose de desconfiança. Para eles, a ida do deputado – agora licenciado – ao território norte-americano é mais do que uma simples fuga da realidade política brasileira. É, talvez, uma fuga literal. Afinal, diante das crescentes investigações, a palavra "exílio" começa a soar como uma estratégia.

Segundo relatos da Polícia Federal, Jair Bolsonaro já havia flertado com essa ideia no final de 2022, quando transferiu R$ 800 mil para os EUA. Um valor que, convenhamos, daria para cobrir não só a estadia, mas talvez até a contratação de um roteirista de Hollywood para tornar a trama mais crível. Contudo, para os ministros do STF, o “calor” das investigações parece ter reacendido os planos do ex-presidente. "Eles chamam de exílio, mas sabemos que é outra coisa", comentou um ministro.

A narrativa ganha um toque de drama com a declaração de Eduardo Bolsonaro de que não voltará ao Brasil enquanto Moraes estiver no STF. A fala soou quase como um ultimato: "Ou ele, ou eu". Para quem acompanha de fora, fica a dúvida – será que Eduardo acredita mesmo que pode dar as cartas ou está apenas reforçando a ideia de que vivem em uma realidade paralela? Porque, até agora, Moraes parece muito confortável em sua cadeira no STF.

O fracasso de Copacabana e o encolhimento da bolha

Os últimos meses não têm sido generosos com os Bolsonaro. O ato em Copacabana, marcado por apelos à anistia, foi um fiasco. O mar de apoiadores que antes lotava as ruas deu lugar a um pequeno grupo que, com bandeiras e faixas, parecia mais um protesto de bairro do que uma mobilização nacional. Foi ali que a bolha bolsonarista começou a mostrar rachaduras. E é difícil não notar o selo "made in USA" estampado nos últimos movimentos da família, O que me fez inclusive lembrar aquele velho ditado: 'Brasil, em que usa não te ama."

A aposta em Donald Trump como um possível salvador é outro ponto que beira o surreal. Para Eduardo, o ex-presidente norte-americano poderia, quem sabe, mover peças no tabuleiro para livrar a família Bolsonaro do impasse jurídico. Mas, considerando que Trump também enfrenta seus próprios dilemas legais, é mais provável que essa seja mais uma jogada de propaganda do que um plano concreto.

Estratégia de fuga ou desespero político?

Entre aliados, a narrativa é a de que a decisão de Eduardo foi tomada por impulso. Segundo fontes próximas, o deputado nem tinha roupas suficientes para a temporada nos EUA, algo que dá um tom quase cômico à situação. É difícil imaginar um plano de fuga sendo arquitetado com tamanha improvisação – ou talvez esse seja exatamente o charme da história. Afinal, um roteiro bem amarrado não seria a marca registrada do bolsonarismo.

Jair Bolsonaro, por sua vez, tenta se manter em cena, afirmando que não sairá do Brasil e que as especulações sobre sua fuga são infundadas. Mas suas palavras, como sempre, deixam espaço para interpretações. Enquanto isso, Eduardo anuncia que poderá disputar uma vaga no Senado em 2026, caso as "circunstâncias políticas" mudem. Fica a dúvida: ele realmente acredita nisso ou apenas espera que o público compre o próximo capítulo da novela?

O que resta da bolha?

Seja como fuga, exílio ou simples tática de marketing político, o fato é que o bolsonarismo parece estar perdendo força. O apoio que antes era inabalável agora se fragmenta, e o "cenário paralelo" criado pela família Bolsonaro começa a mostrar sinais de desgaste. A realidade, porém, não parece ser suficiente para os protagonistas dessa história – talvez porque, no fundo, é mais fácil viver na bolha. Mesmo que ela esteja cada vez menor e com um selo que, ironicamente, diz: "Made in USA", coisa de gringo.

Ah, os tempos! Ah, os costumes!

sábado, 22 de março de 2025

Porto de Paranaguá ensaia futuro, mesmo sem nenhum cruzeiro operando no Paraná

Porto de Paranaguá ensaia futuro com navios de cruzeiro, mas, por ora, é o uísque que navega em alta no Paraná

 
Engenheiros da Portos do Paraná participam de simulação de atracação de navios de cruzeiro no Tanque de Provas Numérico da USP
 

No horizonte do Porto de Paranaguá, um futuro promissor se desenha. Enquanto as águas da Baía de Paranaguá testemunham simulações de manobras detalhadas para atracação de navios de cruzeiro, as prateleiras dos supermercados paranaenses contam outra história: o uísque escocês, antes reservado às cartas de bebidas de embarcações luxuosas, agora sobra e surpreende consumidores com preços acessíveis. Entre o ensaio e a realidade, o estado parece afinar seus instrumentos para atrair um público que, por ora, ainda não está a bordo.

Nesta semana, engenheiros e especialistas participaram de testes no Tanque de Provas Numérico da USP, em São Paulo, utilizando tecnologia de ponta para simular condições de atracação em tempo real. Com projetores 360°, rajadas de vento simuladas e cálculos precisos de marés e correntezas, o exercício buscou antever os desafios de receber embarcações de até 337 metros e cinco mil passageiros. A meta? Um berço exclusivo para cruzeiros no Porto de Paranaguá, que, segundo Victor Kengo, diretor de Engenharia da Portos do Paraná, poderá alavancar o turismo e movimentar a economia litorânea.

Mas, enquanto a infraestrutura se molda e as projeções ganham forma, o cenário atual é marcado pela ausência de cruzeiros. Com o comunicado da MSC de que, no momento, não operará no Paraná, o que resta é o questionamento: o esforço vale a pena sem passageiros à vista? Para os frequentadores das gôndolas de bebidas, a resposta é um retumbante sim – o uísque escocês, sem destino aos navios, agora chega à mesa dos consumidores com preços que mais parecem de outlet.

"Comprei um rótulo que sempre foi inacessível. Não sei se é o efeito dos navios que não vieram, mas, se for, já estamos no lucro", brinca o comerciante Márcio Souza, de Curitiba. Essa curiosa bonança para os amantes da bebida contrasta com os movimentos da Portos do Paraná, que visam um público de alto padrão em cruzeiros.

De fato, o governo estadual não esconde sua intenção de atrair novos players para o Porto de Paranaguá. Entre os investimentos, estão a dragagem, estudos hidrodinâmicos e a criação de uma área específica para receber embarcações que transportem turistas até atrações locais. É um jogo estratégico, que busca colocar o litoral paranaense no mapa das rotas marítimas internacionais.

Enquanto isso, as simulações continuam. No aniversário de 90 anos do porto, o investimento de R$ 1 bilhão e a adoção da metodologia BIM para projetos de construção reforçam que o estado está mirando longe. Contudo, as prateleiras abarrotadas de uísque escocês parecem lembrar que, enquanto o futuro não atraca, os paranaenses podem brindar – seja ao potencial turístico ou ao prazer de um bom gole.

O tempo dirá se o esforço para receber cruzeiros será recompensado. Mas, por ora, o Paraná segue entre a sofisticação dos simuladores e a curiosa consequência do comércio: um estado que ensaia ser escala dos grandes navios, mas já é parada obrigatória para os amantes da mais famosa bebida escocesa. Estamos de olho.

Ronald Stresser, de Curitiba.

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