Edmundo González, opositor de Maduro / Federico Parra/AFP |
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou que Edmundo González será empossado como presidente em 10 de janeiro de 2025. A declaração foi dada nesta segunda-feira (12) à agência EFE, em meio a um cenário de forte tensão política no país.
Machado, em um claro tom de desafio ao atual presidente Nicolás Maduro, que foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), chamou a vitória de Maduro de “a maior fraude da história”.
A ex-deputada destacou sua confiança na população venezuelana e no apoio internacional, sublinhando que “Edmundo González será o novo chefe de Estado e o novo comandante das Forças Armadas”. Segundo ela, o sucesso dessa transição depende das ações dos venezuelanos tanto no país quanto no exterior.
A oposição alega ter vencido as eleições de 28 de julho com uma margem expressiva, baseada em uma contagem paralela realizada manualmente, que indicaria a vitória de González sobre Maduro por 67% dos votos, uma vantagem de 4 milhões de votos. No entanto, o CNE, composto majoritariamente por aliados de Maduro, declarou a vitória do presidente com 52% dos votos, sem apresentar as atas de votação, o que aumentou as suspeitas de fraude e levou milhares de manifestantes às ruas.
A repressão aos protestos tem sido violenta, com relatos de dezenas de mortes, segundo a ONG Provea. Diante da crescente pressão internacional, incluindo do Brasil, que se recusa a reconhecer o resultado sem a apresentação das atas, o CNE afirmou que o resultado é "inapelável". A crise política na Venezuela, portanto, se agrava, com o futuro do país cada vez mais incerto.
Ronald Stresser, com informações da Agência EFE
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