A Cigarra e a Formiga (O Gafanhoto e Formiga no original) é uma das fábulas atribuídas a Esopo e recontada por Jean de La Fontaine em francês.
Nos países francófonos, as fábulas de La Fontaine são ensinadas às crianças desde a mais nova idade e todos as conhecem de cor, e sua versão da fábula da cigarra e da formiga é a mais conhecida delas, no Ocidente.
O poeta Bocage traduziu para o idioma português a versão escrita por La Fontaine (em domínio público):
"Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."
A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dança agora!"
Moral da história: Trabalhemos para nos livrarmos do suplício da cigarra, e não aturarmos a zombaria das formigas.
____
Fonte: Texto adaptado da Wikipédia: "A Cigarra e a Formiga" - Imagem: Versão com o gafanhoto e a formiga, de 1919 (Milo Winter/Projeto Gutenberg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário