Considerada uma das obras clássicas da filosofia alemã, 'As dores do mundo', publicado em 1850, apresenta uma série de reflexões de Arthur Schopenhauer sobre a existência, propondo uma nova forma de se pensar a dor e a felicidade.
Temas como o amor, a morte, a arte, a moral, a religião, a política, o homem e a sociedade ilustram a teoria exposta por Schopenhauer na presente obra, que é indicada a todos os estudiosos e pensadores da conduta humana.
O Crime de Existir
"É um fato deveras notável e realmente digno de atenção, que o objeto de toda a alta poesia seja a representação do lado medonho da natureza humana, a dor sem nome, os tormentos dos homens, o triunfo da maldade, o domínio irônico do acaso, a queda irremediável do justo e do inocente: é este um sinal notável da constituição do mundo e da existência...
Não vemos nós na tragédia os entes mais nobres, após longos combates e prolongados sofrimentos, renunciarem para sempre aos desígnios que até ali perseguiam com violência, ou desviarem-se de todos os gozos da vida voluntariamente e com prazer: como o príncipe de Calderon; Gretchen no Fausto, Hamlet a quem o fiel Horácio seguiria da melhor vontade, mas que lhe promete ficar e viver ainda algum tempo num mundo tão cruel, tão cheio de dores, para contar o destino de Hamlet e purificar-lhe a memória; assim também Joana d'Arc, e a noiva de Messine: todos morrem purificados pelos sofrimentos, isto é, depois de se extinguir neles a vontade de viver...
O verdadeiro sentido da tragédia é essa observação profunda, que as faltas expiadas pelo herói não são as deles, mas as faltas hereditárias, isto é, o próprio crime de existir: Pois, o delito maior é o de o homem ter nascido."
Arthur Schopenhauer nasceu em Dantzig, Prússia (atual Polônia), em 1788, e faleceu em 1860 em Frankfurt, Alemanha. Também conhecido como "filósofo do pessimismo", foi importante expoente da doutrina metafísica da vontade, em reação ao idealismo hegeliano. Seus escritos influenciaram a filosofia existencialista e a psicanálise freudiana.
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Fonte: Arthur Schopenhauer, in "As Dores do Mundo" - Imagem: Obra de Paul Rumsey
Temas como o amor, a morte, a arte, a moral, a religião, a política, o homem e a sociedade ilustram a teoria exposta por Schopenhauer na presente obra, que é indicada a todos os estudiosos e pensadores da conduta humana.
O Crime de Existir
"É um fato deveras notável e realmente digno de atenção, que o objeto de toda a alta poesia seja a representação do lado medonho da natureza humana, a dor sem nome, os tormentos dos homens, o triunfo da maldade, o domínio irônico do acaso, a queda irremediável do justo e do inocente: é este um sinal notável da constituição do mundo e da existência...
Não vemos nós na tragédia os entes mais nobres, após longos combates e prolongados sofrimentos, renunciarem para sempre aos desígnios que até ali perseguiam com violência, ou desviarem-se de todos os gozos da vida voluntariamente e com prazer: como o príncipe de Calderon; Gretchen no Fausto, Hamlet a quem o fiel Horácio seguiria da melhor vontade, mas que lhe promete ficar e viver ainda algum tempo num mundo tão cruel, tão cheio de dores, para contar o destino de Hamlet e purificar-lhe a memória; assim também Joana d'Arc, e a noiva de Messine: todos morrem purificados pelos sofrimentos, isto é, depois de se extinguir neles a vontade de viver...
O verdadeiro sentido da tragédia é essa observação profunda, que as faltas expiadas pelo herói não são as deles, mas as faltas hereditárias, isto é, o próprio crime de existir: Pois, o delito maior é o de o homem ter nascido."
Arthur Schopenhauer nasceu em Dantzig, Prússia (atual Polônia), em 1788, e faleceu em 1860 em Frankfurt, Alemanha. Também conhecido como "filósofo do pessimismo", foi importante expoente da doutrina metafísica da vontade, em reação ao idealismo hegeliano. Seus escritos influenciaram a filosofia existencialista e a psicanálise freudiana.
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Fonte: Arthur Schopenhauer, in "As Dores do Mundo" - Imagem: Obra de Paul Rumsey
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