sábado, 31 de maio de 2025

PF apreende narcosubmarino no coração da Amazônia Azul

Na trilha dos narcosubmarinos: ação inédita da PF no Pará revela força da segurança nacional e compromisso com a soberania do Brasil

Por Ronald Stresser*

Narcosubmarino apreendido pela Marinha Colombiana em outubro de 2023
  

O silêncio das águas da Ilha do Marajó, coração da nossa bela e rica Amazônia Azul, foi rompido durante este sábado (31). A Polícia Federal brasileira foi, mais uma vez, a proragonista de uma operação digna dos grandes manuais de repressão às organizações criminosas internacional.

Sob o céu úmido e pesado da floresta, uma força-tarefa integrada pela Polícia Federal, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil localizou e apreendeu uma embarcação semissubmersível — popularmente conhecida como “narcosubmarino” — projetada para levar cocaína sulamericana para a Europa.

A embarcação, cuidadosamente camuflada sob a superfície barrenta de um igarapé estratégico, representa mais que um avanço logístico das organizações criminosas: é um alerta sobre o grau de sofisticação e ousadia que o narcotráfico tem empreendido na América do Sul. Entretanto, também simboliza a vigilância, a capacidade técnica e a maturidade das instituições brasileiras em fazer frente a esse desafio — em defesa da segurança pública e da nossa soberania.

De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, esta foi a primeira apreensão desse tipo de embarcação realizada em operação sob o comando da PF. Um marco que comprova o avanço do trabalho de inteligência e a importância da articulação entre as forças e agências de segurança nacionais e internacionais.

A operação foi desencadeada após investigações que remontam a março deste ano, quando uma embarcação similar foi interceptada nas águas de Portugal. Ambas, segundo as apurações, teriam sido fabricadas na mesma região do Pará.

A semissubmersível, apreendida hoje, seria usada para o transporte clandestino de cocaína com destino à Europa. E sua existência confirma que o território nacional continua a ser uma das principais rotas do narcotráfico internacional, por outro lado também deixa claro o preparo cada vez maior que possuímos para impedir que o Brasil se torne um corredor livre para redes internacionais de contrabando dessas substancias entorpecentes - que enquanto ilegais só fazem enriquecer os narcotraficantes - em especial da cocaina com alto teor de pureza, advinda dos altiplanos do Peru, da Colômbia, Venezuela e Bolívia.

Este tipo embarcação não é novidade, muitos semisubmergíveis como o apreendido neste último dia de maio ja foram capturados no Golfo do México e representam uma tentativa de inovação logística, por parte do crime organizado. Mas, assim como o DEA, a agência de repressão a entorpecentes ilegais dos EUA, nossa Polícia Federal também reafirma estar constantemente vigilante, juntamente com as Forças Armadas, com respeito à soberania do território nacional.

Cooperação internacional e inteligência integrada

O sucesso sa operação se deve em grande parte a uma engrenagem precisa, que com esforços e coordenação conjunta, de órgãos de inteligência internacionais, que trocam informações entre a Polícia Nacional da Espanha, a Polícia Judiciária de Portugal o DEA norte-americana (Drug Enforcement Administration) e a nossa PF. Essa aliança virtuosa mostra que o Brasil deixou para trás o discurso do isolamento, da pátria pária, e voltou a ser uma peça ativa e de suma importância no enfrentamento global ao crime organizado.

Por trás da apreensão está um Brasil que voltou a dialogar com o mundo, trocando saberes, dados e estratégias. Um Brasil que aposta em diplomacia técnica, em investigações de longo prazo, em compartilhamento de informações, tecnologias e na reconstrução de pontes que foram abaladas em anos recentes, quando o país chegou a flertar com o status de pátria pária — um Estado isolado, desacreditado e sob risco institucional.

O crime se adapta, mas o Estado também

A existência de uma embarcação com essa complexidade tecnológica — capaz de cruzar o Atlântico —, produzida em pleno território nacional, acende um alerta importante: o crime se reinventa, busca novos caminhos, investe em inovação. Mas os dados revelados pela operação também mostram que as instituições democráticas estão mais sólidas do que nunca.

Com essa operação, o Governo Federal reafirma seu compromisso com a reconstrução do Brasil — não apenas no campo econômico, mas também no simbólico. A segurança pública não é tratada como espetáculo, mas como instrumento de soberania, de justiça e de respeito ao pacto democrático.

“A inteligência brasileira mostrou que não apenas resiste, mas também inova. O que estamos vendo aqui é fruto de anos de capacitação, persistência e, sobretudo, de uma política de segurança que entende que combater o crime internacional é proteger o cidadão comum”, diz um analista do setor de defesa que acompanha operações transnacionais.

Um país que voltou a crescer, em todos os sentidos

Há poucos anos, o Brasil parecia navegar perigosamente rumo ao abismo. Isolado do cenário internacional, desacreditado, e com suas instituições sendo testadas por dentro, chegou a viver o risco real de ruptura não só institucional mas como também democrática.

Sorte nossa, ao que podemos vividamente perceber, que as mesmas instituições, inclusive as da área de segurança e justiça, que agora combatem o narcotráfico usando de uma precisão — não é exagero dizer — cirúrgica, foram aquelas mesmas que impediram que a democracia fosse abolida por um golpe, uma conspirata violenta e covarde.

Ao contrário do que sonharam os que queriam transformar o país em um Estado de exceção, o Brasil hoje, mais uma vez e agora com mais potência, reafirma seu lugar no mundo com operações como essa — integradas, coordenadas, eficazes e, acima de tudo, republicanas, totalmente dentro da legalidade.

A apreensão do narcosubmarino na Ilha do Marajó não é apenas uma vitória contra o narcotráfico. É um lembrete poderoso de que a reconstrução de um país começa com respeito às instituições, à soberania e à inteligência estratégica. Novamente vemos agir, na prática, o Espírito contido no Brasão de Armas do Brasil, que simboliza a República. É assim, passo a passo, operação por operação, que o Brasil se levanta. Não como pária, mas como uma pátria de verdade, no real sentido da palavra, que a cada dia mais se firma como protagonista em um mundo interconetado na velocidade da luz.

E dessa vez, nos reerguemos com os olhos bem abertos, vigilantes, seja entre as verdes matas, em meio aos centros urbanos ou áreas rurais, mirando nosso céu azul ou mergulhados nas águas profundas da real grandeza dos mares, mostramos que também cuidamos da nossa outrora esquecida Amazônia Azul.

*com informações da comunicação social da PF.

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