A verdade que precisamos defender sobre as terras indígenas
As terras indígenas não são apenas um território. Para os povos originários, elas são vida, história, sagrado. São o elo que conecta gerações, um lugar onde a natureza e a humanidade coexistem em equilíbrio. Por isso, quando surgem mentiras sobre essas terras, a dor não é apenas de quem vive nelas. É de todos nós que, de alguma forma, também fazemos parte dessa história.
Nos últimos dias, uma notícia falsa se espalhou. Diziam que o governo brasileiro teria vendido terras indígenas para a empresa Ambipar durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. É uma acusação séria, mas completamente falsa. E precisamos falar sobre isso.
O que realmente aconteceu?
Em Davos, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) assinou um protocolo de intenções com a Ambipar. O modelo do acordo em andamento não significa a venda de terras, nem a concessão de direitos sobre elas. A parceria público-privada que está sendo firmada busca algo diferente: fortalecer ações ambientais, como reflorestamento, combate a incêndios e gestão de resíduos, sempre respeitando as comunidades indígenas.
Tudo isso foi feito dentro da lei e com diálogo. Porque, antes de qualquer decisão, é preciso ouvir. Ouvir os povos que vivem e cuidam dessas terras há séculos, que entendem delas mais do que qualquer manual ou pesquisa científica.
Por que a mentira machuca tanto?
Para a população originária, a terra é muito mais do que um espaço físico. Ela é memória, identidade e espiritualidade. Quando alguém espalha uma mentira dizendo que essas terras foram vendidas, o impacto é cruel. Não é só desinformação – é um golpe na dignidade, uma tentativa de apagar histórias que resistiram a séculos de exploração e desrespeito.
E é importante lembrar: a Constituição brasileira protege essas terras. Elas são inalienáveis, indisponíveis e imprescritíveis. Não podem ser vendidas, negociadas ou tiradas dos povos que as habitam. Essa é uma conquista que representa a luta de gerações.
Por que isso importa para todos nós?
As terras indígenas não são só dos povos originários. Elas pertencem ao planeta. São reservas de vida, pulmões verdes que ajudam a regular o clima, espaços onde a natureza ainda respira livremente. Quando mentiras como essa circulam, elas não só desinformam – elas enfraquecem o compromisso coletivo com a preservação e a justiça.
Defender os povos indígenas é defender o que nos conecta ao essencial: a vida, a natureza, o futuro. Não é sobre política, ideologias ou interesses econômicos. É sobre humanidade.
A verdade prevalece
Não houve venda de terras indígenas. O que aconteceu foi um compromisso de trabalhar juntos, respeitando os saberes tradicionais e fortalecendo a gestão ambiental desses territórios.
Essa é a verdade. E ela é maior do que qualquer mentira. Porque está enraizada em algo que nunca se apaga: a luta por respeito, por justiça e por um futuro em que a preservação das terras indígenas seja uma vitória de todos nós.
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Redação Sulpost, com informações da Agência Brasil e Ambipar. Doações de apoio ao jornalismo e profissional independente, apartidário e cidadão, use a chave pix 41992814340 - (Jornalista: Ronald Stresser)
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