domingo, 28 de dezembro de 2025

Enquanto o Brasil enfrenta uma onda de calor, Nova York decreta estado de emergência após forte nevasca

Tempestade de inverno cobre a cidade com mais de 10 centímetros de neve, provoca caos nos aeroportos e expõe os extremos de um planeta em desequilíbrio climático

Enquanto milhões de brasileiros tentam se proteger de uma intensa onda de calor — com termômetros beirando recordes e cidades sufocadas pelo ar seco —, do outro lado do continente o cenário é radicalmente oposto. Em Nova York, o inverno voltou a mostrar sua face mais dura. A cidade entrou em estado de emergência neste sábado (27), após ser atingida por uma forte tempestade de neve que transformou ruas, aeroportos e rotinas.

A paisagem branca, frequentemente associada ao encanto do inverno norte-americano, rapidamente deu lugar à apreensão. O acúmulo de neve ultrapassou os 10 centímetros, o maior registrado desde 2022, tornando vias escorregadias, dificultando deslocamentos e exigindo resposta imediata das autoridades.

O decreto foi anunciado pelo prefeito Eric Adams, diante do avanço da tempestade que atingiu não apenas Nova York, mas também outras áreas do nordeste dos Estados Unidos. O estado vizinho de Nova Jersey adotou medida semelhante. A governadora nova-iorquina, Kathy Hochul, reforçou o alerta à população:

“Recomendo a todos que acompanhem as previsões meteorológicas locais e evitem viagens desnecessárias.”

O aviso ganha ainda mais peso diante da previsão de que uma segunda tempestade deve atingir a região neste domingo (28), prolongando os riscos justamente em um dos períodos mais movimentados do ano.

Aeroportos sob pressão e milhares de passageiros afetados

Os impactos mais imediatos da nevasca foram sentidos nos aeroportos. Entre sexta-feira (26) e sábado (27), os terminais John F. Kennedy, Newark e LaGuardia emitiram comunicados sucessivos alertando para interrupções causadas pelas condições meteorológicas severas.

Segundo dados do sistema de monitoramento FlightAware, os Estados Unidos registraram mais de 19 mil voos atrasados e cerca de 2.700 cancelamentos em apenas dois dias. Para milhares de passageiros, o período que deveria ser de reencontros e descanso virou espera, incerteza e frustração.

A situação tende a se agravar. A Administração de Segurança e Transporte dos EUA (TSA) prevê que este domingo (28) será o dia mais movimentado do ano nos aeroportos do país, com cerca de 2,86 milhões de passageiros circulando, impulsionados pelas viagens de fim de ano.

Entre o calor e a neve, um mesmo alerta global

O contraste entre o Brasil sufocado pelo calor extremo e os Estados Unidos paralisados pela neve vai além da geografia. Ele revela um mundo atravessado por eventos climáticos cada vez mais intensos, imprevisíveis e desiguais.

De um lado, populações lidam com temperaturas elevadas, riscos à saúde e sobrecarga urbana. Do outro, cidades enfrentam tempestades severas, colapsos logísticos e interrupções no cotidiano. Em comum, permanece o mesmo pano de fundo: um planeta em transformação acelerada, que cobra respostas políticas, ambientais e sociais à altura de seus extremos.

Entre o asfalto fervendo e as ruas congeladas, a realidade se impõe — o clima deixou de ser apenas cenário e passou a ser protagonista da vida contemporânea.

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