Em uma manhã carregada de tensão global, Wall Street amargou perdas expressivas: o Dow Jones caiu cerca de 1,5% (~600 pontos), enquanto S&P 500 e Nasdaq recuaram entre 1% e 1,2%, pressionados por temor de escalada do conflito entre Israel e Irã, após ataques a instalações nucleares iranianas . O petróleo subiu quase 7%, e o dólar se fortaleceu como moeda de refúgio.
O real, por sua vez, sentiu a pressão do dólar fortalecido: a moeda americana chegou a R$ 5,54 , contrastando com a leve queda global.
Equilíbrio fiscal em cheque: alerta no Congresso
Do lado político, o senador Efraim Filho, presidente da Comissão Mista de Orçamento, acendeu o sinal de alerta para o possível aumento de gastos do governo em 2026. Em entrevista à CNN Brasil, ele destacou que a queda na popularidade do governo tem gerado resistência para cortes de despesas, ainda que a meta fiscal exija contenção.
A preocupação é clara: a comissão teme manobras para inflar receitas e liberar folga orçamentária extra em ano eleitoral. Economistas ouvidos pelo Ministério da Fazenda agora projetam déficit primário de R$ 74,7 bi para este ano — R$ 2 bi a mais do que na rodada anterior — além de inflação de 5,4% (INPC) e dívida bruta em 80,1% do PIB.
Perspectivas externas: restrição monetária e volatilidade
A expectativa de que o Federal Reserve manterá a taxa de juros inalterada em sua reunião nos dias 17 e 18 de junho, dado o cenário de inflação moderada e mercado de trabalho estável.
As expectativas otimistas de recuperação do S&P 500 para 6.500 pontos até o fim do ano (alta de ~7,5%), apesar da atual volatilidade provocada por tensões externas e riscos macroeconômicos.
Destaque corporativo: Havaianas ganha tração nos EUA e Canadá
No front empresarial, a Alpargatas anunciou parceria exclusiva com a americana Eastman para distribuir Havaianas nos Estados Unidos e Canadá. O contrato, válido por quatro anos — com possibilidade de prorrogação —, prevê o modelo de distribuição a partir de 2026, com foco artesanal na construção da marca. A aposta segue uma tendência de internacionalização e otimização de canais, priorizando identidade de marca sobre estrutura corporativa direta.
🧭 Panorama Sulpost
Risco externo: conflitos no Oriente Médio vêm ditando o humor dos ativos globais — alta no petróleo e no dólar, queda em ações sensíveis ao risco. Criptomoedas em baixa mas com expectativa de recuperação no fechamento da edição.
Brasil: Ibovespa com desempenho lateral, sustentado por Petrobras, enquanto real sofre pressão cambial.
Foco fiscal: o Congresso segue vigilante contra possível “inflação” de gastos em ano eleitoral — o mercado precifica maior déficit e dívida.
Cenário global: Fed deve manter juros; S&P 500 caminha para ganhos, mas vive dias de nervosismo.
Setor privado: Alpargatas investe em distribuição para fortalecer Havaianas no exterior — jogada que combina visão de longo prazo e foco de marca.
Atenção para…
O retrato atual mostra mercados globais instáveis por riscos geopolíticos, mas o Brasil encontra refúgio em nomes como Petrobras, ao passo que a vigilância fiscal no Congresso se mantém intensa.
1. Movimentação da OPEP e desdobramentos no Oriente Médio — petróleo pode continuar volátil.
2. Decisão do Fed, que pode influenciar fluxo de dólar global.
3. Próximo boletim fiscal brasileiro — caso o déficit se confirme em níveis elevados, tende a pressionar título e câmbio.
No ambiente corporativo, a internacionalização de marcas nacionais se fortalece. No Sulpost Mercado, seguimos de olho nesse cenário em mutação — com olhos nos gráficos, e foco da notícia nos impactos, entre as gentes e desenvolvimento.
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