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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Ar-condicionado ecológico funciona sem eletricidade




A empresa de design Ant Studio construiu uma estrutura que esfria o ar sem usar eletricidade — e ainda parece uma obra de arte moderna. 

Em parceria com a Deki Electronics, o estúdio de design indiano usou uma armação metálica para unir centenas de tubos de terracota (argila manufaturada e cozida no forno) criando uma espécie de colmeia. Quando encharcada, os tubos absorvem a água e evaporam brisas enquanto o ar quente as empurra. Exige baixa manutenção, é econômico e não polui o ambiente.

“Como arquitetos, queríamos encontrar uma solução ecológica e artística e, que ao mesmo tempo, evoluísse métodos artesanais tradicionais”, disse Monish Siripurapu, fundador da Ant Studio, ao Arch Daily.

Os cones de argila foram usados para criar o protótipo. O design e o tamanho dos componentes cônicos foram personalizados através de análises computacionais avançadas e técnicas modernas de calibração. A espessura e o comprimento do material foram modificados com análises CFD.

Viável, funcional e elegante

O uso de cones cilíndricos proporcionaram uma superfície maior para maximizar o efeito de resfriamento. A temperatura do fluxo de ar ao redor da instalação foi registrada. O ar quente que entrava na instalação estava acima de 50°C a uma velocidade de 10 metros por segundo.

Então, água reciclada à temperatura ambiente foi posta a correr na superfície dos cilindros. Este processo arrefeceu o ar quente que passa pelos vasos de barro. Depois de atingir o efeito de resfriamento, a temperatura em torno da configuração caiu para 36°C enquanto a temperatura externa permaneceu alta em 42°C. E o fluxo de ar foi gravado como 4 metros por segundo.

“Eu acredito que esta experiência funcionou bastante bem. As descobertas desta tentativa abriram muito mais possibilidades, onde podemos integrar esta técnica com formas que poderiam redefinir a maneira como olhamos para os sistemas de resfriamento, um componente necessário, porém ignorado, da funcionalidade de um edifício. Toda instalação pode ser tratada como uma peça de arte”, explicou Monish.

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